sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Desenvolvimento ou Aprimoramento da Mediunidade


"Como pode um homem aperfeiçoar-se mediante o ensino dos Espíritos,
quando não tem, nem por si mesmo, nem com o auxílio de outros médiuns, os meios de receber de modo direto esse ensinamento?
Não tem ele os livros, como tem o cristão o Evangelho? Para praticar a moral
de Jesus, não é preciso que o cristão tenha ouvido as palavras ao lhe saírem da boca."
                                                                              Allan Kardec – Livro dos Espíritos
Esse tópico é muito importante!!!
A palavra aprimoramento é a mais indicada para expressar o esforço que o médium realizará para aprender a controlar a sua hipersensibilidade. Seria uma forma natural de entender como controlar essa faculdade. Allan Kardec fala sobre isso no Livro dos Médiuns:
"O que há a fazer-se, quando uma faculdade dessa natureza se desenvolve espontaneamente num indivíduo, é deixar que o fenômeno siga o seu curso natural: a Natureza é mais prudente do que os homens. Acresce que a Providência tem seus desígnios e aos maiores destes pode servir de instrumento a mais pequenina das criaturas"
A palavra desenvolvimento deixa no "ar" uma idéia de que mediunidade é igual a aprender um esporte, basta pegar uma raquete e bolas, treinar e partir para o jogo, mas na verdade as coisas não são assim, na mediunidade não se brinca e somente aqueles que nasceram com a mediunidade aflorada devem trabalhá-la.
Não é aconselhado o desenvolvimento de nenhuma faculdade mediúnica. Em um centro espírita SÉRIO as reuniões de aferimento mediúnico buscam o controle e equilíbrio da(s) faculdade(s) latentes no médium.
Desencorajamos qualquer forma, prática ou ato que busque o desenvolvimento prematuro das faculdades mediúnicas, as conseqüências desses atos podem ser muito sérias, podendo levar até a loucura. Conheci uma pessoa que passou por isso e até onde sei não conseguiu se recuperar. Allan Kardec foi muito claro sobre isso no Livro dos Médiuns quando falou sobre a clarividência:
"A faculdade de ver os Espíritos pode, sem dúvida, desenvolver-se, mas é uma das de que convém esperar o desenvolvimento natural, sem o provocar, em não se querendo ser joguete da própria imaginação. Quando o gérmen de uma faculdade existe, ela se manifesta de si mesma. Em princípio, devemos contentar-nos com as que Deus nos outorgou, sem procurarmos o impossível, por isso que, pretendendo ter muito, corremos o risco de perder o que possuímos."
O aprimoramento mediúnico nunca deve ocorrer enquanto o médium está desequilibrado, ele deve passar pelas seguintes etapas:
• Tratamento espiritual, para se harmonizar, recebendo passes e bebendo água fluidificada. A maior parte dos obsessores são afastados no tratamento.
• Assistir durante algum tempo as palestras públicas.
• Buscar livros que ajudem a formar a base de conhecimento necessária para o início do desenvolvimento mediúnico, sem essa formação o médium pode ser facilmente fascinado ou deixar que sua vaidade e orgulho o dominem. Indicamos a leitura dos seguintes livros : Livro dos Espíritos, série de André Luiz psicografados por Chico Xavier, Evangelho Segundo o Espiritismo, Violetas na Janela.
Quando o médium se sentir preparado deve ingressar no grupo de aprendizes, o nome aprendiz é utilizado somente para facilitar a diferenciação entre os médiuns experientes e aqueles que estão iniciando o aprimoramento.
O aprimoramento mediúnico deve ser composto por estudos e práticas, no estudo o médium deve se aprofundar nos conhecimentos espirituais, lendo obras que o auxiliem na compreensão das suas sensações e que evitem que ele seja mistificado por espíritos obsessores. 
O livro dos médiuns é obra obrigatória para preparação do médium. Temas como perispírito (corpo astral e mental), duplo etérico, chakras, obsessão, passes magnéticos e espirituais, etc devem ser estudados.
Nos exercícios práticos o médium é levado a harmonização interior para elevar sua vibração e sentir a aproximação do mentor, que buscará o contado espiritual de acordo com a aptidão do médium, seja pela visão (clarividência), fala (psicofonia), escrita (psicografia), ouvido (clariaudiência), ...
Como falei acima, no aprimoramento o médium é levado a SOZINHO buscar o equilíbrio e SOZINHO sentir e reconhecer a proximidade do seu mentor. Aqui digo sozinho porque em alguns lugares as pessoas realizam passes nos chakras (pontos chaves para comunicação com os planos superiores) para aumentar a sensibilidade. Na minha opinião, que também é seguida pela casa que freqüento, isso não deve ser feito.
O médium deve buscar o afinamento mediúnico para que reconheça a proximidade do seu mentor e também para criar a confiança necessária para executar a sua tarefa.
De forma alguma, em qualquer hipótese, em circunstância nenhuma o médium em aprimoramento mediúnico deve realizar exercícios fora do centro, somente exercícios de harmonização QUE SEJAM INDICADOS pelos responsáveis pela reunião devem ser realizados em casa.
O Lar não é o lugar indicado para aprimoramento mediúnico, mesmo para aqueles que acham que sua casa é o "lugar ideal", o ambiente familiar está sempre sujeito a desavenças, discussões irritações, etc, e por isso não deve ser utilizado, já que não possui a mesma proteção e amparo que um centro. Se insistirem nesse erro, provavelmente abrirão brechas para o contato com espíritos inferiores.
Para se ter idéia do perigo dessas práticas, até para os médiuns mais experientes não é indicado o contato mediúnico no lar, salvo em casos específicos, onde o mentor procura o médium e esse por ter desenvolvido sua sensibilidade reconhece-o e tem confiança no que está sentindo.
É comum chegarem médiuns nas palestras públicas falando que Precisam Trabalhar, geralmente alguém falou para eles que se trabalharem passarão a se sentir melhor, criando toda essa expectativa e ansiedade.
A maior parte dos "médiuns apressados" não aceita a idéia de primeiro passar pelo tratamento, estudar, se aprimorar e depois de preparado iniciar seu trabalho. Seja por vaidade, orgulho ou teimosia eles acham que já estão prontos. A mediunidade deles pode até estar pronta, a flor da pele, mas eles não se encontram preparados para dominá-la.
Nenhum centro sério aceita médium sem preparo porque eles sabem que terão mais trabalho do que benefícios, prejudicarão mais pacientes do que auxiliarão e serão o ponto fraco para o ataque dos espíritos inferiores.
Alguns raros irmãos realizam trabalhos em casa, a grande maioria é de psicografia e somente com autorização da espiritualidade superior isso é possível, porque espíritos terão que proteger e limpar o ambiente. Na verdade é um caso a parte, e deve ser tratado com muita cautela devido aos perigos que o médium se expõe.
Se desejar fazer uma reunião em casa realize o Evangelho no Lar, com certeza os espíritos amigos estarão presentes e você e sua família serão beneficiados.




5.1  No centro espírita ou Templo de Umbanda
Ao contrário do que os médiuns desequilibrados acham, o aprimoramento mediúnico abranda e às vezes cessa as sensações incômodas da mediunidade, transformando-as em contatos suaves e agradáveis, muitas vezes imperceptíveis. Vamos explicar...
O despertamento muitas vezes acontece com o médium obsediado e/ou em um estado emocional descontrolado, por isso as sensações são muito intensas e de baixo teor vibratório, gerando incômodo e algumas vezes descontrole.
O contato com uma casa espírita afasta, aos poucos, os obsessores que entravam em contato de forma "agressiva", e no seu lugar entram o(s) mentor(es), que primeiramente harmonizam seu pupilo para depois se aproximarem e entrarem em contato.
Também é comum o médium desenvolver durante o tratamento um tipo de mediunidade que não aflorou inicialmente, isso pode acontecer.
O mais importante é que o contato com o mentor é suave e agradável, inspirativo e tranqüilizante, é um bálsamo porque ele derrama com muito amor suas vibrações amorosas, bem diferente do obsessor, que buscava vampirizar e derramava suas energias degradantes na aura do médium.
Em um centro existem pessoas preparadas para auxiliar os médiuns e equipes espirituais experimentadas no assunto, por isso, por mais demorado que aparente, o centro é o meio mais seguro e tranqüilo de aprimorar a mediunidade.
Allan Kardec nos alerta sobre isso no Livro dos Médiuns:
"Algumas pessoas, na impaciência de verem desenvolver-se em si as faculdades mediúnicas, desenvolvimento que consideram muito demorado, se lembram de buscar o auxílio de um Espírito qualquer, ainda que mau, contando despedi-lo logo. Muitas hão tido plenamente satisfeitos seus desejos e escrito imediatamente. Porém, o Espírito, pouco se incomodando com o ter sido chamado na pior das hipóteses, menos dócil se mostrou em ir-se do que em vir. Diversas conhecemos, que foram punidas da presunção de se julgarem bastante fortes para afastá-los quando o quisessem, por anos de obsessões de toda espécie, pelas mais ridículas mistificações, por uma fascinação tenaz e, até, por desgraças materiais e pelas mais cruéis decepções. O Espírito se mostrou, a princípio, abertamente mau, depois hipócrita, a fim de fazer crer na sua conversão, ou no pretendido poder do seu subjugado, para repeli-lo à vontade."


5.2  Os Vícios
Para o médium trabalhar com as energias sutis do mundo espiritual ele deve largar os vícios que abaixam sua vibração e perturbam o seu equilíbrio físico e espiritual.
Entre os principais que podemos citar estão o álcool, fumo, sexo desregrado, drogas e quaisquer tipos de compulsão.
André Luiz nos fala sobre a importância da renovação e força de vontade para o médium no livro Nos Domínios da Mediunidade:
"Médiuns repontam em toda parte, entretanto, raros já se desvencilharam do passado sombrio para servir no presente à causa comum da Humanidade, sem os enigmas do caminho que lhes é particular. E como ninguém avança para diante, com a serenidade possível, sem pagar os tributos que deve à retaguarda, saibamos tolerar e ajudar, edificando com o bem..."
Se o médium insistir em trabalhar quando está desequilibrado então ele prejudicará a casa que freqüenta e também as pessoas que ele tenta ajudar, vamos pensar em alguns casos:
• Médiuns Passistas doarão energias negativas e de baixo padrão, prejudicando o paciente. Em alguns casos ele pode até absorver energias positivas do paciente.
• Médiuns de Caridade – Reunião de Desobsessão – Ao se tornarem escravos dos vícios também se tornam escravos dos obsessores e criam uma brecha no trabalho espiritual. Muitas vezes se ligam a espíritos durante a sessão e não conseguem se desvencilhar, gerando trabalho e preocupação para o dirigente da reunião.
• Médiuns que trabalham no atendimento ou em passes. Existem casos de médiuns extremamente desequilibrados na parte sexual que aproveitam a fragilidade dos pacientes para obter algum benefício próprio. Geralmente estão sendo assediados por obsessores que tudo fazem para afastá-lo do centro, além de comprometer o trabalho da casa de caridade.

5.3  Paciência, Perseverança, Instrução e Humildade
Muitos médiuns ficam extremamente ansiosos ao aceitarem a sua faculdade, iludem-se achando que serão uma janela aberta para as mais lindas mensagens do céu e que tudo acontecerá como que por encanto.
A vida real é mais dura e difícil, o médium terá que estudar e aprender a lidar com o seu tipo de mediunidade, terá que arregaçar as mangas e passar a vida estudando e se aprimorando.
Retirei trechos do Livro dos Médiuns que mostram a necessidade de estudo, paciência e perseverança:
"...O desejo natural de todo aspirante a médium é o de poder confabular com os Espíritos das pessoas que lhe são caras; deve, porém, moderara sua impaciência, porquanto a comunicação com determinado Espírito apresenta muitas vezes dificuldades materiais que a tornam impossível ao principiante. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é que haja entre ele e o médium relações fluídicas, que nem sempre se estabelecem instantaneamente. Só à medida que a faculdade se desenvolve, é que o médium adquire pouco a pouco a aptidão necessária para pôr-se em comunicação com o Espírito que se apresente. Pode dar-se, pois, que aquele com quem o médium deseje comunicar-se, não esteja em condições propícias a fazê-lo, embora se ache presente, como também pode acontecer que não tenha possibilidade, nem permissão para acudir ao chamado que lhe é dirigido. Convém, por isso, que no começo ninguém se obstine em chamar determinado Espírito, com exclusão de qualquer outro, pois amiúde sucede não ser com esse que as relações fluídicas se estabelecem mais facilmente, por maior que seja a simpatia que lhe vote o encarnado. Antes, pois, de pensar em obter comunicações de tal ou tal Espírito, importa que o aspirante leve a efeito o desenvolvimento da sua faculdade, para o que deve fazer um apelo geral e dirigir-se principalmente ao seu anjo guardião.
...
Suponhamos agora que a faculdade mediúnica esteja completamente
desenvolvida; que o médium escreva com facilidade; que seja, em suma, o que se chama um médium feito. Grande erro de sua parte fora crer-se dispensado de qualquer instrução mais, porquanto apenas terá vencido uma resistência material. Do ponto a que chegou é que começam as verdadeiras dificuldades, é que ele mais do que nunca precisa dos conselhos da prudência e daexperiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que lhe vão ser preparadas. Se pretender muito cedo voar com suas próprias asas, não tardará em ser vítima de Espíritos mentirosos, que não se descuidarão de lhe explorar a presunção.
... a facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as Outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tomam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho.
...
As reuniões de estudo são, além disso, de imensa utilidade para os médiuns
de manifestações inteligentes, para aqueles, sobretudo, que seriamente desejam aperfeiçoar-se e que a elas não comparecerem dominados por tola presunção de infalibilidade. Constituem um dos grandes tropeços da mediunidade, como já tivemos ocasião de dizer, a obsessão e a fascinação. Eles, pois, podem iludir-se de muito boa-fé, com relação ao mérito do que alcançam e facilmente se concebe que os Espíritos enganadores têm o caminho aberto, quando apenas lidam com um cego. Por essa razão é que afastam o seu médium de toda fiscalização; que chegam mesmo, se for preciso, a fazê-lo tomar aversão a quem quer que o possa esclarecer. Graças ao insulamento e à fascinação, conseguem sem dificuldade levá-lo a aceitar tudo o que eles queiram.



5.4  Aptidões Mediúnicas
Deixo nas palavras de Allan Kardec o aviso para os médiuns:
"Todas estas variedades de médiuns apresentam uma infinidade de graus em
sua intensidade. Muitas há que, a bem dizer, apenas constituem matizes, mas que, nem por isso, deixam de ser efeito de aptidões especiais. Concebe-se que há de ser muito raro esteja a faculdade de um médium rigorosamente circunscrita a um só gênero. Um médium pode, sem dúvida, ter muitas aptidões, havendo, porém, sempre uma dominante. Ao cultivo dessa é que, se for útil, deve ele aplicar-se. Em erro grave incorre quem queira forçar de todo modo o desenvolvimento de uma faculdade que não possua. 
Deve a pessoa cultivar todas aquelas de que reconheça possuir os gérmens. Procurar ter as outras é, acima de tudo, perder tempo e, em segundo lugar, perder talvez, enfraquecer com certeza, as de que seja dotado.
Quando existe o princípio, o gérmen de uma faculdade, esta se manifesta
sempre por sinais inequívocos. Limitando-se à sua especialidade, pode o médium tornar-se excelente e obter grandes e belas coisas; ocupando-se de todo, nada de bom obterá.
Notai, de passagem, que o desejo de ampliar indefinidamente o âmbito de suas
faculdades é uma pretensão orgulhosa, que os Espíritos nunca deixam impune. Os bons abandonam o presunçoso, que se torna então joguete dos mentirosos. Infelizmente, não é raro verem-se médiuns que, não contentes com os dons que receberam, aspiram, por amor-próprio, ou ambição, a possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem notados. Essa pretensão lhes tira a qualidade mais preciosa: a de médiuns seguros. - (SÓCRATES.) “


5.5  Confiança 
"... preocupar com o saber se esse pensamento promana do seu Espírito ou de uma fonte diversa: a experiência lhe ensinará a distinguir.
Aliás, é freqüente acontecer que o movimento mecânico se desenvolva ulteriormente.
Dissemos acima haver casos em que é indiferente saber o médium se o pensamento vem de si próprio, ou de outro Espírito. Isso ocorre quando, sendo ele puramente intuitivo ou inspirado, executa por si mesmo um trabalho de imaginação.
Pouco importa atribua a si próprio um pensamento que lhe foi sugerido; se lhe acodem boas idéias, agradeça ao seu bom gênio, que não deixará de lhe sugerir outros. Tal é a inspiração dos poetas, dos filósofos e dos sábios."
                                                             Allan Kardec - Livro dos Médiuns

A confiança é importantíssima para o sucesso do contato espiritual, será uma das conquistas mais importantes do médium e somente será adquirida com muito esforço, discernimento e vontade.
Trecno retirado do livro Nos Domínios da Mediunidade, de Chico Xavier:
"Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça... - ponderou meu colega intrigado.
- Sua afirmativa carece de base - exclamou o Assistente. — Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a mudança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de freqüência, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares."



5.6  Desenvolvimento Mediúnico Forçado
Em alguns centros, principalmente de Quimbanda e Candomblé, o desenvolvimento dos médiuns é forçado, ou seja, ele realiza rituais, recebe passes magnéticos nos seus chakras, raspa a cabeça, faz juramentos, etc..
Muito cuidado com essas práticas porque elas firmam o vínculo com espíritos que, na maior parte das vezes, não são mentores, e em sua maioria ainda vivem apegados ao mundo material.
Eles ainda não tem condições de realizar a preparação espiritual de um médium. Na maior parte das vezes o seu contato mediúnico é interesseiro.
Os falsos mentores que se vinculam aos médiuns desprevenidos são egoístas, interesseiros e orgulhosos, e como a maior parte dos encarnados ainda não atingiram o padrão evolutivo dos espíritos superiores.
Os mentores responsáveis pela ajuda aos médiuns estão ligados em uma cadeia ascendente de espíritos cada vez mais puros, e deles recebem intuições, sugestões e permissões para intervir ou não nos problemas dos encarnados. É por esse motivo que os mentores só realizam o bem, porque eles estão sempre conectados com a vontade de nosso Pai.
Depois que o médium se vincula a um "falso mentor" fica MUITO complicado se desligar desse espírito, já que por sua opção ele entrou em contato e usufruiu "favores" desse espírito. É importante entender favores, porque para os espíritos inferiores se você solicita alguma informação ou ajuda então você pede um favor e fica em dívida com esse espírito (muito humana essa forma de pensar).
Em contrapartida, quando você solicita a ajuda de um espírito superior ele faz o que lhe for permitido sem o menor interesse de retribuição.
Isso nos faz pensar a diferença de abordagem: espíritos superiores nunca fazem promessas de resolver problemas ou se comprometem com as preocupações mesquinhas dos encarnados, eles sempre pregam a necessidade de melhora interior e informam que farão o possível para auxiliar, mas ele só fará o que Deus permitir.
O falso mentor se torna um obsessor implacável quando o médium deseja se desligar de sua influência. São casos muito complicados de Possessão, ou, como Allan Kardec designa, Subjugação. Para maiores informações sobre esse assunto consulte a série de artigos que escrevi sobre Obsessão.
Abaixo copio uma mensagem que se aplica perfeitamente a esse tema:
"Meus irmãos de fé, o médium não é um ser infalível, não é um astro, uma estrela de cinema, muito pelo contrário, erram aqueles que acham que ser médium é ser o centro das atenções.
Muitos médiuns se tornam públicos e famosos, mas isso também é uma prova. Lidar com a fama é uma prova como a riqueza, o poder, etc.
Para Deus não importa se um médium cura 1.000 pacientes ou se ora por 10.000 pessoas, o amor que ele canaliza no seu ato o torna receptor das energias do alto.
Busque realizar a tarefa que lhe foi indicada com o maior amor possível.
Se for recepcionista, busque atender os sofridos que chegam, Jesus sabia como ninguém aconchegar os sofredores que lhe procuravam.
Se atua na organização dos grupos faça com amor porque o Mestre conhecia seus irmãos de caminhada como ninguém.
Se és responsável pela tesouraria esforça-te porque depende de ti a continuidade do trabalho.
E olha para o céu e busca o teu Pai, porque muitos que se encontram em posições inferiores e hoje obedecem, na vida além-túmulo se tornam grandes, vivendo no verdadeiro reino dos céus.
O amor pelo ato de ajuda ao próximo é que importa a Deus, a recompensa está nas vibrações superiores que o seguidor do Cristo recolhe como pagamento.
Seu júbilo não pode ser falado, só sentido.
A vaidade e o orgulho na posição ocupada é o pagamento do que busca somente poder ou dominação enquanto ajuda o próximo.
Faça sua parte e cresça porque Deus é misericórdia, compaixão e amor."
Para os espíritos mistificadores e encarnados aproveitadores é interessante que o médium que eles desejam explorar não se instrua e aprimore. Assim se torna fácil mistificá-lo e subjugá-lo. Tome cuidado com lugares que não preparam o corpo mediúnico e que não fazem continuamente um trabalho aprimoramento do seu grupo de médiuns.

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